quinta-feira, 9 de dezembro de 2010 | 0 comentários | By: Brazil FC

Tudo de novo: Índio e Renan buscam o bi mundial com o Inter

Atletas estavam na conquista de 2006 e tentam repetir a dose agora. Abbondanzieri e Kleber também são campeões do mundo.

Não vai ser igual. Índio não vai levar uma pancada involuntária de um companheiro e quebrar o nariz na final do Mundial. Renan não vai ter que aguentar ver um Perdigão da vida pulando por cima dele no banco de reservas e fazendo uma dança no mínimo esquisita para comemorar um gol. Igual não vai ser. Mas é visível que os dois jogadores campeões do mundo com o Inter em 2006 carregam aquelas lembranças na luta pelo bicampeonato.

Índio é uma espécie de fio condutor da história vermelha entre os dois Mundiais. Ele virou titular do Inter no segundo semestre de 2006 e continuou assim, excetuados raros períodos no banco, até 2010. No intervalo de quatro anos, o clube mudou de patamar, na visão do defensor. E a cobrança aumentou.

- Há uma diferença. Naquele ano de 2006, todo munda dizia que a gente só ia competir, que não conquistaria o titulo. Esse ano, todos dizem que somos favoritos. Por tudo que o Inter conquistou, tem uma mudança aí. A equipe desse ano também é fortíssima. Está todo mundo confiante. A gente vê todo mundo unido, querendo conquistar o bi mundial – disse o defensor.

Renan usa 2006 como prova de que o sonho é possível. Ele não tem dúvidas da capacidade dos campeões da Libertadores de superar oponentes europeus em decisões de Mundial.

- Não existe tanta diferença. A gente mesmo acaba colocando que os jogadores que estão na Europa e que o campeonato deles, por tudo que é, estão em um patamar muito elevado em relação a nós. Em 2006, a gente provou isso. Dadas as diferenças, dada a distância do Inter para o Barcelona, conseguimos provar que tudo é possível. O futebol brasileiro é e sempre vai estar entre os melhores do mundo. Aquele Mundial serviu para provar, para mim, para o torcedor, que com certeza o campeão da Libertadores, sendo brasileiro, pode chegar ao Mundial e jogar de igual para igual com qualquer clube, até mesmo com os europeus – analisou Renan.

O Inter vai ao Mundial com outros dois jogadores que já conseguiram ser campeões do mundo, mas não com a camisa vermelha. Abbondanzieri venceu o Mundial (mas não o da Fifa) com o Boca Juniors duas vezes. Kleber conquistou a edição de 2000, a primeira no novo formato, com o Corinthians.

Após estreia, Fernando Baiano vê Inter como favorito. O brasileiro...

Atacante marcou no triunfo do Al Wahda na abertura do Mundial de Clubes

O brasileiro Fernando Baiano, astro do Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, e autor de um dos gols da vitória por 3 a 0 sobre o Hekari United, de Papua Nova Guiné, na última quarta-feira, comemorou a passagem de sua equipe às quartas do Mundial de Clubes, onde acredita que o Inter é o favorito ao título. O brasileiro...

– Se eu tivesse que escolher um favorito, pelo que eu tenho visto ultimamente, seria o Inter de Porto Alegre, é quem melhores sensações me dá. Todo mundo fala sobre o Inter de Milão, mas não me convence tanto, não diria que eles são os favoritos – disse o brasileiro.

Fernando Baiano foi o protagonista absoluto da equipe no primeiro tempo, chegando perto de fazer um gol em várias ocasiões e marcando aos 44 minutos o 2 a 0 provisório, que permitiu à equipe chegar ao intervalo com total tranquilidade e com a classificação totalmente encaminhada. Antes, o Hekari United havia provocado problemas nos primeiros minutos, até que o Al Wahda conseguiu impor seu domínio e começou a encontrar espaços.

– A pressão que tínhamos era grande, todos queriam que ganhássemos, tinham muitas esperanças em nós. No início (a pressão) foi percebida, mas pouco a pouco conseguimos ir demonstrando nossa qualidade e mostramos que éramos melhores – afirmou.
O atacante já visa ao futuro da competição

– Todos pensam aqui em jogar contra a Inter de Milão (nas semifinais), mas antes temos uma partida difícil (nas quartas, contra o Seongnam Ilhwa sul-coreano). Não podemos pensar ainda no Inter – disse Baiano, que volta a campo no próximo sábado, contra o Seognam, da Coreia do Sul.

Fernando Baiano foi um dos elogiados pelo técnico austríaco Josef Hickersberger após o duelo da última quarta-feira. O treinador acredita que a contribuição de todos os brasileiros foi decisiva – Hugo abriu o placar para o Al Wahda.

– Não começamos bem, não pudemos seguir nosso estilo de jogo e perdemos a confiança. Felizmente, temos pessoas com experiência, principalmente os nossos três brasileiros, Hugo, (Fernando) Baiano e Magrão – contou o ex-treinador da Áustria e do Bahrein.

Rafael Moura reforça o desejo de ficar, mas admite ser muito difícil

Em tom de despedida, atacante agradece ao clube e diz que trocaria artilharia pela taça

Rafael Moura foi um dos destaques do Goiás na final contra o Independiente e ainda ficou com a artilharia da Copa Sul-Americana, mas não levou o título. O time argentino venceu por 5 a 3 nos pênaltis e se sagrou campeão. Se a permanência do He-Man no Esmeraldino já estava difícil, sem a disputa da Libertadores em 2011 fica ainda mais complicada. O atacante pertence à MSI e deve ter outro destino na próxima temporada. A entrevista já teve um tom de despedida.

- Minha vontade sempre foi de ficar, mas não posso iludir o torcedor. Eu disse que faria o possível se o Goiás fosse para a Libertadores. Aí entraria o caixa, pintariam as coisas para concretizar a transação e eu ficar aqui. Hoje com o Goiás disputando a Série B e o Goiano realmente é muito difícil minha permanência pelos valores. E até mesmo na Libertadores já seria duro. Hoje, mesmo eu querendo ficar, fica mais complicado. É cedo para falar em despedida, mas de qualquer forma sou muito grato ao Goiás e de antemão quero agradecer a todo mundo, principalmente aos diretores - ressaltou o atacante.

Muito abatido pela derrota por 3 a 1 com a bola rolando em Avellaneda, Moura disse que trocaria a artilharia de nove gols pela taça. O jogador admitiu que não conseguirá esquecer a derrota.

- O sentimento é de decepção por tudo que fizemos, frustração pelo ano que tivemos, merecíamos muito o título. Realmente o coração sofre, a mente também, mesmo com todo mundo falando para levantar a cabeça não há condições, principalmente pra mim. Não adianta ser artilheiro, realmente ganhei o respeito, mas nada vai apagar essa decepção na minha vida e na minha carreira. Preferia ter jogado muito mal e ter sido campeão. No primeiro tempo ficamos um pouco abaixo, mas no segundo e na prorrogação voltamos a ser o Goiás da Sul-Americana. Não sabemos quando o clube terá essa chance e com esse grupo. Hoje era uma oportunidade única para estes jogadores - completou o camisa 9.